17.6.04

plenitude

a pele é de veludo
tépida e sedosa
gostosa de tocar
expele aquela luz suave
expande as sensações
entontece a visão
num halo envolvente
e já não se vê nada além
dois corpos castos e desnudos
em posição de amar no chão
entregam-se aos caprichos da libido
nada é proibido
tudo é sedução
o gosto
o cheiro
a troca dos gemidos incontidos
e o gozo longamente adiado
é finalmente consentido
explode em lavas
e tremores
olores conhecidos
invadem o recinto
abafam os sentidos
na ânsia do prazer
ganhando ao perder
um ser no outro ser
minutos infinitos
de paixão