14.6.04

nebrasca

amanhã
silêncio branco
opondo-se à algazarra que foi ontem
hoje o mundo está mudo
suspensos brindes e tilintares
nenhum afago ao alcance
e o crepitar da chama
é apenas miragem
vertigem
ilusão
ou serão apenas bobagens
devaneios sutis na escuridão
reféns da roda do tempo
inclemente indiferente
pare ou dispare
um coração