Gerando vida
O vento não cansa
levanta as folhas secas
corre solto entre o capinzal
A chuva vem devagar
beija a terra
derrama-se lentamente pelo umbral da porta
Da janela
olhos famintos vêem a água sumindo pelas fendas do chão
No umbral
mãos secas juntam as gotas e alimentam-se da esperança