4.6.04

Gerando vida

O vento não cansa
levanta as folhas secas
corre solto entre o capinzal

A chuva vem devagar
beija a terra
derrama-se lentamente pelo umbral da porta

Da janela
olhos famintos vêem a água sumindo pelas fendas do chão
No umbral
mãos secas juntam as gotas e alimentam-se da esperança